O Carneiro, O Bode e o Chifre Pequeno

Começo cumprimentando a todos com a paz de Cristo e introduzindo a continuação do nosso estudo sobre o livro de Daniel. Pergunto quem já leu o livro para contextualizar os ouvintes, explicando que Daniel é um livro profético com dois tipos de profecias: imediatas e escatológicas (relacionadas ao fim dos tempos).

Tipos de Profecias

As profecias imediatas eram declarações diretas dos profetas para o povo, geralmente com um cumprimento próximo. Em contraste, as profecias escatológicas, como as encontradas em Daniel, usam muitas figuras e imagens para apontar para eventos futuros e o fim dos tempos.

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Revisão dos Capítulos Anteriores

Revisei os capítulos 1 a 7 de Daniel. O capítulo 2 descreve o sonho de Nabucodonosor com uma estátua de diferentes materiais (ouro, prata, bronze, ferro e barro), representando vários reinos. Este sonho aponta para a segunda vinda de Cristo e o estabelecimento de um reino eterno. No capítulo 7, Daniel tem uma visão de quatro animais alinhados com os reinos representados na estátua do capítulo 2, mas com mais detalhes sobre o “pequeno chifre”, o Filho do Homem e o Ancião de Dias, simbolizando o anticristo e a perseguição dos santos.

Estudo do Capítulo 8

Foquei no capítulo 8 de Daniel. Nesse capítulo, Daniel tem uma visão sobre um carneiro com dois chifres (um maior que o outro) e um bode com um grande chifre. O bode derrota o carneiro, quebrando seus chifres, mas o grande chifre do bode é quebrado, e quatro outros chifres menores surgem. O anjo Gabriel interpreta a visão, revelando que o carneiro representa os reis da Média e da Pérsia, enquanto o bode representa a Grécia, com o grande chifre simbolizando Alexandre, o Grande. Após a morte de Alexandre, seu império é dividido entre seus quatro generais.

Importância Histórica e Profética

A geografia mencionada (Susã, Elão e o rio Ulai) é significativa, pois aponta para o Irã moderno. A batalha entre Ismael e Isaac e seus descendentes é vista como um pano de fundo para os conflitos futuros. A visão de Daniel é relevante tanto histórica quanto profeticamente, apontando para eventos futuros no contexto da escatologia bíblica.

Prefiguração do Anticristo

Antíoco Epífanes, que profanou o templo e perseguiu os judeus, é visto como um prenúncio do anticristo. A visão de Daniel 8 é uma prefiguração das ações do anticristo no fim dos tempos, destacando a continuidade das profecias e sua importância para entender os eventos escatológicos.

Profecia das 2300 Tardes e Manhãs

A visão inclui uma profecia sobre 2300 tardes e manhãs até a purificação do santuário. Há várias interpretações para esse período:

  1. Preterista: Interpreta as 2300 tardes e manhãs como 1150 dias, associando-as com eventos históricos passados, como as ações de Antíoco Epífanes.
  2. Futurista: Encaixa as 2300 tardes e manhãs no contexto escatológico, com uma visão de cumprimento futuro, mas enfrenta dificuldades em ajustar o período exato.
  3. Historicista: Representada pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, interpreta as 2300 tardes e manhãs como 2300 anos, começando com a reconstrução do templo e culminando em 1844, com a doutrina do juízo investigativo, que considero uma heresia.
  4. Interpretação Alternativa: Considera as 2300 tardes e manhãs como 2300 anos, começando com a batalha entre o bode e o carneiro e terminando por volta de 2030, embora haja um erro de 50 anos que alguns estudiosos atribuem a uma defasagem no calendário.

Conclusão e Preparação para a Próxima Aula

Concluí destacando a complexidade das profecias de Daniel, que envolvem história, profecia e interpretação bíblica. A próxima aula abordará Daniel capítulo 9 e a profecia das 70 semanas, incluindo a primeira vinda de Cristo.

Importância do Estudo

O estudo do livro de Daniel é essencial para entender a continuação das profecias e sua relevância para os eventos escatológicos. Reforça a necessidade de preparação espiritual para os tempos do fim e a importância de compreender as profecias bíblicas no contexto histórico e profético.

Dica de Leitura da Semana

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